Collection: Açores

• No meio do Oceano Atlântico, os Açores são um arquipélago de origem vulcânica com uma história vitivinícola tão singular quanto a sua paisagem. A produção de vinho remonta ao início do povoamento, com uma tradição que ganhou fama internacional. As vinhas, plantadas em solos de lava e protegidas por muros de pedra vulcânica (conhecidos como "currais" ou "curraletas"), criam um cenário único, que valeu à Ilha do Pico o estatuto de Património Mundial da UNESCO. A CVR Açores (Comissão Vitivinícola Regional dos Açores), criada em 1994, é a entidade que regula e garante a qualidade dos vinhos de três Denominações de Origem Protegida (DOP): Pico, Graciosa e Biscoitos.
• O terroir dos Açores é uma combinação única de fatores. O clima marítimo, húmido e ventoso, e os solos de lava vulcânica conferem aos vinhos um perfil inimitável. As paredes de pedra dos currais protegem as videiras do sal e do vento e, ao absorverem o calor do sol, libertam-no durante a noite, contribuindo para a maturação das uvas. Os vinhos dos Açores, predominantemente brancos, são reconhecidos pela sua acidez, mineralidade e uma distintiva nota salina, reflexo direto do seu terroir vulcânico e atlântico.

- Verdelho: A casta mais famosa, adaptada ao clima e aos solos de lava. Produz vinhos brancos secos e estruturados, mas também vinhos licorosos de grande complexidade.

- Arinto dos Açores: Não deve ser confundida com a Arinto do continente. Esta casta autóctone produz vinhos com uma acidez e mineralidade notáveis.

- Terrantez do Pico: Outra casta nativa, que contribui para vinhos com grande complexidade e potencial de envelhecimento.

A região também produz vinhos tintos, sobretudo na Ilha Terceira, a partir de castas como o Saborinho, o Merlot e o Cabernet Sauvignon.